A tua voz ecoa nos meus ouvidos e eu tento adormece-la só por mais alguns segundos, só mais um pouquinho até adormecer. Não é fácil tentar esquecer tudo o que me trespassa, todas as laminas afiadas espetadas nas minhas costas, outras tantas mesmo à frente dos meus olhos. As feridas, são mais que muitas e agradeço não serem visíveis a olho nu: menos perguntas, menos lembranças. Já basta o que basta.
Os murmúrios passam a gritos lancinantes e acordam-me do sono, uma e outra vez. E mais outra, e mais outra..
Tu não ajudas, nem queres ajudar.
E eu? Eu, não quero escrever sobre ti nunca mais, mas por agora, é tudo o que sou capaz de fazer.