Fechei os olhos e serrei os punhos. Tinha de ser, pensei.
Ela não conseguia desculpar-se daquilo para que não havia desculpa possível e quando tentou, bati-lhe com toda a minha força.
Ela chorou, mas eu não tive pena, ela não merecia. Odiei-a pelo que me havia feito, e odiei-a ainda mais por ele e pelo passado que ele desconhecia. Não era a primeira vez.
(...)
Quando lhe disse a decisão que tinha tomado, ele debateu-se mas acabou por entender ou talvez não tenha entendido mas conformou-se. (Tinha-te dito mamã, que nunca cometeria os teus erros, tu foste fraca e eu tentei ser um pouco mais forte).
Ele abraçou-me e disse que me ia amar para sempre e eu, querendo dizer o mesmo, permaneci em silêncio e estática. Essa atitude entristeceu-o mas mesmo assim despediu-se de mim com um beijo na testa.
Senti-me uma pessoa má..
Senti-me miserável e oca..
Senti-me uma cabra egoísta.. mas deixei que se fosse embora