naoquerofalardesexo
Maria Nicanor

misfit toy

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28 fevereiro 2011


Julho de 2008

Era o primeiro aniversário da minha prima a que eu assistia, tinha tido conhecimento da existência dela em Agosto do ano anterior. Tornamo-nos inseparáveis.
Estavam uns amigos dela no parque, era a primeira vez que ia aquelas piscinas.
Leticia, a minha prima, apresentou-me Sara, Renato, Miguel, Ana Filipa e Ricardo.
Vigésimas quintas impressões do dia: a Sara e o Renato eram um casal, o Ricardo e a minha prima namoriscavam e a Ana Filipa atirava-se a todos os rapazes como se o mundo acabasse no dia seguinte. O Miguel era um anormal completo, odiei-o a partir do momento em que ele abriu a boca.
- Olá - aceno estranho.
- Pensei que serias maisvelha e mais alta - disse ele cinicamente.
- Que giro, eu só esperava que fosses mais simpático.
- Obrigada pelo elogio, dizem-me isso muitas vezes.
- Que não és simpático?!
- Não, o "Que giro".
Sim ele era lindo, mas apetecia-me bater-lhe com muita força naquela carinha por onde a adolescência parecia não ter passado. Aqueles olhos castanhos e os lábios finos pareciam que faziam troça de mim o tempo inteiro. Que nervos!
- Eu prefiro loiras - disse ele, aparecendo atrás de mim depois de muito tempo de fuga.
- Boa.
- Gosto dos teus olhos.
- São normais.
- São enormes.
- São normais - repeti.
- Ficavas melhor com o cabelo apanhado.
- Paras com isso? Eu tenho espelhos em casa.
- Esse sinal no nariz é sexy.
- Sabes como é que tu ficavas bem?
- Como?
- Molhado.
Ainda bem que estávamos à beira da piscina, serve sempre de último recurso.
18 ♣


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26 fevereiro 2011


«Quanta bobagem, tudo o que se falou 
Me olho no espelho e já não sei mais quem sou.
Quanto talento p'ra discutir em vão
Será tão frágil nossa ligação?
(...)
Falsas promessas, erros tão banais
Mas ninguém cede nem pensa em voltar atrás..
(...)
Esquece esse jogo, não há vencedor
O mesmo roteiro de sempre, cansou.»
8 ♣


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25 fevereiro 2011


Pego no telefone, ligo não ligo?
Não, não vou ligar.
Mas quero.
Ligo.
(...)
Não devia ter ligado.
17 ♣


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24 fevereiro 2011


Tinha brincado com os miúdos até à exaustão. Deitei-os. Encostei a porta do quarto dos meus tios e não resisti quando passei no corredor e vi a cama da minha prima. Estava de rastos, eles davam trabalho.
Então dormi, como se tivesse levado com uma pedra na cabeça e desmaiado.
Quando acordei não me apercebi de imediato pois o sono quase que me cegava, mas estavas deitado ao meu lado e as tuas pernas serviam de almofada para a minha cabeça.
- Buenos dias, Matosinhos! - brincou.
- Parvo!
- Parva!
Acho que a minha cara foi parecida com esta: -.-' .
- Sabes uma coisa? A tua cara a dormir é de rir e estás toda desgrenhada - disse ele.
- A vida real não é como os filmes Miguel, as pessoas não acordam maquilhadas e fantásticas, acordam babosas, despenteadas e com cara de quem viu um monstro.
- Descreveste-te muito bem.
- Ai miúdo, odeio-te!
- Isso não é verdade.
(...)
- Lembraste daquela vez em que te tentei beijar, e tu me deste um estalo de seguida?
- Sim..?
- Não me batas outra vez.
9 ♣


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23 fevereiro 2011


Sabem o que eu adoro? Aqueles rapazes que só vemos uma vez na vida, aqueles que nos fazem sorrir e que nem sequer chegam a ter alguma importância.
Para mim os melhores são aqueles que vejo no metro. Trocamos olhares, sorrisos e a seguir nunca mais nos vemos. Assim nunca chegamos a perceber que esse rapaz é igual aos outros.
Hoje aconteceu-me uma coisa engraçada: estava no metro com a Bárbara e enquanto remexia na carteira o metro entrou em andamento e eu, com as mãos ocupadas, não estando agarrada a nada ia-me desequilibrando. Ainda bem que me seguraram. Primeiro, pensei que fosse algum homem nojento mas quando olhei para trás o ex-homem nojento tinha o cabelo rente à cabeça, olhos verdes, um pouquinho mais de altura que eu e sorria-me agarrando a minha cintura. Disse obrigada umas quantas vezes e de todas obtive um sorriso enorme.
O sorriso dos outros já não me comove, é sempre o mesmo, ora mais falso ou mais verdadeiro, agora os estranhos sorriem de uma maneira que nos deixa a matutar o que estará por trás daquele sorriso.
Acho que o melhor dos estranhos é não os conhecermos, assim podemos pensar que há pessoas perfeitas.
12 ♣


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22 fevereiro 2011


Sabias como eu estava doente e eu implorei-te para não me vires ver se não apanhavas gripe também, mas nada te demovia pois não? O que é certo é que na semana seguinte ficaste doente, mas dizias que tinha sido por uma boa causa. A minha prima não ficou, nem sei como.
Faltas-te ás aulas por mim e vieste com ela tomar conta da menina. Penteaste-me o cabelo, pintaste-me as unhas de vermelho (devia ter tirado uma fotografia!) e apesar de mal pintadas eu gostei muito, fizeste-me cházinho e foste-me buscar os comprimidos. E enquanto ela me fazia ao almoço e reclamava por tu não a ajudares, tu tentavas fazer-me rir contando coisas parvas deitado à minha beira.

Sabes é disto que tenho saudades.. De quando éramos assim.
Mas agora já não estamos em 2009 e agora já não somos amigos.
Somos um livro de recordações que nem fotos tem.
9 ♣


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21 fevereiro 2011


Always remember honey: You hurt me, I hurt you worse.
So, sit and wait. 'Cause you'll get your payback. 
- Old/New Beezy
4 ♣


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16 fevereiro 2011


Tenho pena que tenhas dito tudo o que disseste. Tinha-te desculpado por tudo, mas não tinhas de me ligar e dizer o que disseste no  meu dia de anos.
Se tens variações de humor, trata-te porque eu não aguento mais isto.
Conseguiste consertar tudo em instantes e destruir tudo num curto espaço de tempo.
Talvez não te devesses ter aproximado de novo.
Pela primeira vez na vida, quem me dera que nunca tivesses voltado. Estava tão habituada a estar sozinha!
Dizem que umas vezes somos o insecto e outras somos o pára-brisas. Sabes que mais? Estou farta de ser o insecto.
6 ♣


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14 fevereiro 2011


Odeio este dia, só se vêem casalinhos por onde quer que vamos!
O meu telefone ficou sem bateria com a sobrecarga de chamadas..
E a última chamada deixou-me de mau humor!
Por favor -.-'
7 ♣


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12 fevereiro 2011

Ele: Fala.
Ela: Não tenho nada a dizer.
Ele: Tens sim.
Ela: Não, não tenho.
Ele: Então grita. Eu conheço-te, sei que é isso que queres.
Ela: Sabes o que me irrita? É isto, que me irrita. Tu vais-te embora, e depois voltas todo cheio de tretas, como se nunca tivesses ido. Já não me conheces M., sabes? Não me conheces. E eu já não te conheço a ti. Já não somos nada.
Ele: Tu não mudaste assim tanto, estás igual. São apenas roupas diferentes.
Ela, batendo-lhe: Isto era algo que a velha I. faria?
Ele: Não.
Ela: Ainda bem, porque isto é algo que eu estou disposta a fazer.
Ela volta-se, dirigindo-se para a mesa enquanto ele a puxa e a prende.
Ela: Larga-me já.
Ele: Não, não largo.
Ele beija-a.
Ele: Isto é algo que a velha I. faria.
Ela: Só porque foi obrigada a fazê-lo.
Ele, franzindo a sobrancelha: Hum, hum..
Ela: Existem velhos e nojentos hábitos de que não nos conseguimos escapar.
Ele: Nojento?
Ela, com um sorriso: Completamente.
9 ♣


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08 fevereiro 2011

A tua presença aqui está a deixar-me completamente doida.
Tu trazes-me mais memórias do que qualquer outra pessoa. Muitas dela.
Hoje, enquanto estava a ter aulas quase que a vi a passar e levantei-me á procura dela, mas logo me sentei.
Sentei-me, respirei fundo e procurei lembrar-me de quem sou e de onde estava.
Já não há L, R, Sara, Miguel e eu contra o mundo.
Portanto, por favor Miguel vai-te embora.


E não sei porquê Sara, hoje não consigo parar de ouvir isto:

"And If you knew how
lonely my life as been.
And how long I've been so alone.

And If you knew how I wanted
someone to come along
And change my life
the way you've done."
9 ♣


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07 fevereiro 2011


Há pessoas na nossa vida que se vão embora. Pelo próprio pé. Mas essas mesmas pessoas, podem talvez voltar um dia, e quando voltam normalmente têm algo a dizer.
Depois de tanto tempo, não esperamos ver certas pessoas em certos sítios. Eu não esperava.
Mas quando entrei no quarto com a L como sempre sorrindo para ela não perder as forças,  o meu sorriso desapareceu assim que te vi sentado com o R. 
Olhaste para mim esperançoso, eu percebi isso, esperando a minha autorização para te aproximares. Não vacilei.
Sentei-me o mais longe de ti que consegui, e evitei que os nossos olhos se cruzassem, mas olhava para ti quando tu não te apercebias e não estavas a olhar para mim. Observei o teu cabelo, estava mais claro do que o loiro habitual, ao contrário dos teus olhos que estavam mais escuros. A cara era a mesma e a tua expressão corporal falava tão alto que não me deixava ouvir o que dizias.
Tinha saudades tuas, sentia-o. Queimava-me a pele não te poder abraçar. Mas não o fiz, não depois de te teres ido embora, não depois do que disseste ou o que não disseste, não depois do que eu disse.
A conversa que se fez ali, vai morrer comigo e sei que com eles também.
O assunto todos sabem, é ela, a única que nos poderia unir mas tal como nos uniu, separou-nos também. Neste dia, mais que nunca.
Segredos foram contados, tudo o que sabíamos, todas aquelas coisas que tínhamos de contar e que sabíamos que nunca sairiam dali. 
Ela não era perfeita, só aparentava sê-lo. Nem boa pessoa poderia ser considerada por um cidadão normal. Mas mesmo com todos os defeitos, com todas as coisas que ela fez, todos a amávamos.
Acho que descobri mais coisas do que pretendia, que têm estado na minha cabeça desde ontem. Acho que o passado está sempre à espera de se conseguir misturar com o presente e abalar aquilo que tomávamos como certo.


A Mafaldinha e a Raquel agora também tem blog,
podem ir cuscar:
Vejam-me aquela foto com a Raquel, xD
16 ♣


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06 fevereiro 2011




Todos queremos crescer e queremos fazê-lo a todo o custo.
Queremos ser maiores e melhores.
Queremos fazer o correcto.
Queremos tomar decisões de adultos, daquelas que magoam menos, que são mais estudadas e que trazem menos dores de cabeça.
Queremos sofrer menos, e sentir menos.
Queremos a frivolidade deles.
Queremos que a vida seja sempre sol e calor.
Sinceramente acho que sempre pensei que nos adultos, aqueles seres que só mostram as emoções nos filmes, as coisas fizessem menos mossa.
Então dei por mim, a tentar tomar uma dessas decisões que só um adulto tomaria, porque uma criança nunca pensa muito no assunto, e deixa-se levar. Mas eu, pensando que assim tudo correria bem, estudei a situação, estudei o que dizer, tentei ser fria, achando estar a fazer o correcto.
Mas estava tão ocupada a tentar portar-me como os “crescidos” que não previ o que iria acontecer, e só demasiado tarde percebi o que tinha feito, tudo o que tinha acontecido.
Em vez de menos dores de cabeça ganhei mais, em vez de sofrer e sentir menos sinto mais, e em vez de encontrar sol e calor só encontrei frio quando lá cheguei. Mesmo muito frio. E aí, aí estava sozinha, sem ninguém que me estendesse um cobertor ou me aquecesse com calor humano.

Acho que somos todos farinha da mesma massa, apenas eles acham que por terem mais experiência e serem mais crescidos as coisas irão correr melhor, e oh como nos fazem crer nisso também.
Mas não vão. Ser adulto apenas significa que o tamanho das feridas aumenta, que doem mais e que têm muitos mais anos de feridas que nós, e mesmo assim ainda não aprenderam a maneira correcta de lidar com elas.
27 ♣


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04 fevereiro 2011



Olá Pai, 
Resolvi escrever para ti e não, não foi para te dizer que tenho saudades tuas. Porque não tenho, e se dissesse que sim, estaria a mentir e eu não sou como tu.
Lembraste de mim? A filha que concebeste? Não te lembres, por favor.
Estás feliz, nesse mundo onde vives?
Pergunto-me como consegues dormir à noite, com tudo o que fizeste. Espero que tenhas muitos pesadelos e que eles te assombrem por toda a tua vida.
"Lembraste de quando eras um herói para mim?" Isto é apenas uma memória perdida entre muitas outras.
Nunca te conheci de verdade sabes? Só conheci as tuas mentiras, as tuas invenções, o teu jogo psicológico..
Nunca serei capaz de te perdoar, por tudo o que fizeste à minha mãe nem pelo que me fizeste a mim. Eu era uma criança, e o que fizeste não se faz.
Lembraste quando a avó me pediu que recomeçássemos de novo a nossa relação de pai e filha? Disse-te que não. Tinha 10 anos. Como é que se pode recomeçar algo que já não existe?
Sabes que te odeio, e também sabes que "só é possível odiar alguém que já se amou". Não nego isto.
Não sinto a tua falta, quero que permaneças o mais longe possível.
Nunca poderás voltar a ser o meu "Papá". Nunca poderás ser o meu pai, porque nem sequer Homem consegues ser.

Com  votos de que o karma de tudo o que fizeste se volte contra ti,
Inês


P.S: Acabei com o desafio das cartas.
Esta não faz parte do desafio.
14 ♣


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02 fevereiro 2011


Hey Baby, got something to tell ya:
I'm not a stop along the way. I'm a destination.
4 ♣


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